Só beber água não basta: 5 dicas para reduzir mal-estar do calor e baixa umidade
Especialista dá dicas para minimizar os efeitos negativos do calorão e da secura do ar no organismo
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de perigo devido à onda de calor que atinge parte do Brasil nesta semana.
Como se não bastasse o mal-estar provocado pelo calor, a umidade relativa do ar está em queda em muitas cidades - o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é 60%.
Além do desconforto na pele, o calor extremo pode gerar transtornos significativos ao sistema imunológico. Isso acontece porque a temperatura do ambiente interage diretamente com a resposta do nosso corpo, afetando a qualidade e a velocidade das ações imunológicas.
“Tanto o calor quanto o frio extremo podem impactar negativamente o batimento cardíaco, a pressão arterial, os níveis de colesterol no sangue e a capacidade do sistema imunológico de combater agentes infecciosos, desencadeando eventos cardiovasculares e respiratórios”, alerta o nutricionista funcional Diogo Cirico. Confira abaixo as dica do profissional.
Atenção ao relógio
Diogo Cirico explica que, para proteger o sistema imunológico e evitar dores de cabeça e problemas respiratórios, é essencial evitar a exposição ao sol nos horários de maior calor (entre 10h e 16h).
Como saber a quantidade de água adequada?
Além disso, é fundamental consumir a quantidade de água necessária (multiplicar o peso corporal por 35 ml) e distribuir o consumo do líquido e de alimentos leves ao longo do dia para garantir uma hidratação contínua e manter os níveis de energia.
Alimentos refrescantes são essenciais
Certos cuidados com a alimentação podem refrescar, reduzir o mal-estar e evitar a desidratação. “Vegetais possuem alta concentração de água e podem contribuir para a hidratação e conforto térmico. Frutas como melancia, manga, morango, laranja, abacaxi e melão são ótimas opções para lanches intermediários. Vegetais como agrião, alface, espinafre, pepino, abobrinha, tomate e cenoura são ideais para refeições principais”, indica o nutricionista.
Cuidado com o que coloca no prato
Alguns alimentos podem aumentar a desidratação, como café em excesso, itens ricos em sódio, alimentos ultraprocessados e frituras. "Evite alimentos de origem animal ricos em gordura saturada, como frango com pele, picanha e mussarela, além de limitar o consumo de ultraprocessados, como sorvetes, biscoitos recheados e chocolates", alerta o especialista. Segundo Cirico, além de aumentarem a desidratação, esses alimentos deixam a digestão mais lenta, o que amplifica a sensação de indisposição e mal-estar.
Comer aos poucos para manter a disposição
Outra dica do nutricionista é fracionar a alimentação em várias refeições ao longo do dia para ajudar a manter os níveis de energia e hidratação. "No calor, ocorre maior perda de líquidos, mas nem sempre atendemos nossa sensação de sede, o que é especialmente preocupante em idosos e crianças, que costumam desidratar mais rapidamente. Por isso, é importante também escolher alimentos que tenham maior quantidade de água".
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