Mais cinco mortes de macacos estão sob investigação em Belo Horizonte

Tatiana Lagôa
portal@hojeemdia.com.br
09/03/2017 às 16:57.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:40

A causa da morte de mais cinco macacos em Belo Horizonte é investigada pela prefeitura. Os primatas tiveram o material genético enviado a laboratório para confirmar se morreram de febre amarela. Até o início da semana, 11 animais já haviam sido encontrados sem vida na capital. 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), até agora amostras de 16 macacos foram encaminhadas para análise. Os locais onde os primatas foram achados mortos, entretanto, não foram divulgados pela PBH. 

Em dois desses macacos, o diagnóstico de febre amarela foi confirmado. Um deles foi localizado em Venda Nova e o outro na região Oeste. Ao que tudo indica, esse último foi encontrado no parque Jacques Cousteau, no bairro Betânia, fechado por questão de segurança.

Proteção

Em função do avanço dos casos de epizootias (mortes de macacos), a vacinação está intensificada na capital. Desde ontem, o horário de funcionamento do posto extra de imunização, instalado na UPA Venda Nova (Rua Padre Pinto, 175), foi estendido e passou a ser de segunda a sexta, de 7h30 às 19h30.

Além dessa unidade, a prefeitura montou duas estruturas para ampliar a cobertura vacinal: o Centro de Saúde do Betânia (Rua Pinheiro Chagas, 125). Ambos mantêm o horário padrão de 8h às 17h30. Até quarta-feira, mais 515 mil pessoas foram vacinadas contra a febre amarela em BH.

Temor

O receio de um surto da doença é tão grande, que a morte de micos fez com que o campus II do Cefet, no bairro Nova Gameleira, zona Oeste da capital, cancelasse as aulas que ocorreriam na manhã de ontem. O motivo foi a morte de dois macacos na região, um deles com confirmação para febre amarela. 

Para tentar eliminar possíveis focos do mosquito, o Cefet aplicou pulverização espacial UBV (fumacê) nas dependências do campus durante o dia. O procedimento foi recomendado pelo Centro de Saúde do bairro Cabana, na mesma região.

Estado

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), 124 municípios mineiros têm rumores de epizootias. Desses, 84 em investigação e 93 confirmados. 

Itabira, na região Central, é um exemplo. Lá, a morte de dois primatas pela doença causou o fechamento do parque estadual Mata do Limoeiro. Em Juatuba, na Grande BH, o Conselho de Desenvolvimento Ambiental (Codema), confirmou a morte do macaco encontrado às margens de uma estrada de terra por febre amarela silvestre.

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