Grande BH

Procedimento criminal é instaurado para investigar morte de homem pela PM na Vila Barraginha

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
18/07/2022 às 13:30.
Atualizado em 18/07/2022 às 13:36
 (Reprodução / Redes sociais)

(Reprodução / Redes sociais)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou, nesta segunda-feira (18), que vai instaurar um Procedimento Criminal para investigar a morte de um homem, de 29 anos, durante uma abordagem policial na Vila Barraginha, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A vítima foi baleada com três tiros por um policial militar na noite de sábado (16). 

De acordo com o MP, o processo foi aberto pela 11ª Promotoria de Contagem, com atribuição na Defesa dos Direitos Humanos e Controle Externo da Atividade Policial. A investigação foi solicitada pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

Em nota divulgada nesse domingo (17), a OAB afirmou que recebeu denúncias de moradores da comunidade e que, por isso, solicitou que o caso seja apurado pelo Ministério Público. 

No último sábado, um policial militar matou com três tiros um homem, de 29 anos, conhecido pela PM como chefe do tráfico de drogas na Vila Barraginha. Em um vídeo que circula nas redes sociais é possível ver o momento em que o homem é morto atrás de uma kombi e que moradores gritam que ele "não teria feito nada".

Na versão da Polícia Militar, os militares foram acionados por moradores que diziam que havia um suspeito efetuando disparos de arma de fogo em via pública. No local, os policiais encontraram o homem que estava bastante alterado. 

Durante a abordagem, quando os policiais iniciaram uma conversa, ele tentou pegar o fuzil de um deles e a arma de outro. Segundo a PM, para defesa da equipe e dos populares, os militares efetuaram três disparos.

A porta-voz da PM, major Layla Brunella, disse em coletiva concedida à imprensa neste domingo, que não foi verificado “qualquer tipo de excesso ou exagero na abordagem”. O militar que disparou foi detido no batalhão e teve a arma apreendida.

A família da vítima nega que o rapaz tenha reagido. A irmã do jovem afirma que os policiais teriam tentado levar ele para um beco e, diante da negativa, teriam atirado nele atrás de uma Kombi. "Em momento algum meu irmão reagiu. Eles tentaram levar ele para um beco, ele não quis, então eles o levaram pra trás da kombi e mataram ele a sangue frio", denúncia a mulher.  

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