VARIADAS OPÇÕES

Passeio pelo Lago de Furnas custa pelo menos R$ 90 e pode durar 7 horas; diária de iate R$15 mil

Luciane Amaral
lamaral@hojeemdia.com.br
09/07/2022 às 08:02.
Atualizado em 27/07/2022 às 15:53

Capitólio tem programas para todos os bolsos. Quem quiser sair de Escarpas do Lago, o bairro mais badalado da cidade, com mansões de gente famosa e barcos caríssimos, faz uma viagem de 7 horas, pelos principais pontos turísticos do lago, por R$ 170, com paradas em diversos bares molhados que estão espalhados por toda a orla do lago. 

Dezenas de bares molhados se espalham pela orla do Lago de Furnas e são diversão garantida para turistas que curtem uma balada (Luciane Amaral)

Dezenas de bares molhados se espalham pela orla do Lago de Furnas e são diversão garantida para turistas que curtem uma balada (Luciane Amaral)

Há também lanchas para locação, com diárias de R$ 1,2 mil e marinheiros para operar o barco. E para quem quer esbanjar mesmo, a melhor opção é alugar um iate pela módica quantia de R$15 mil por dia! Mas o passeio básico varia entre R$ 90 e R$ 100 por pessoa e inclui os cânions, a entrada da cascatinha, o Vale dos Tucanos, a hidrelétrica de Furnas (que deu origem ao lago) e o paredão da hidrelétrica. 

400 embarcações estão disponíveis para os turistas que vão conhecer o Lago de Furnas em Capitólio, no Sul de Minas (Luciane Amaral)

400 embarcações estão disponíveis para os turistas que vão conhecer o Lago de Furnas em Capitólio, no Sul de Minas (Luciane Amaral)

Uma curiosidade sobre o paredão da encosta do morro dos Cabritos é que, depois de sofrer um processo natural de erosão, com desprendimento de grandes quantidades de terra que provocavam ondas que atingiam a barragem, um grande monólito se formou. Com as previsões de que a queda da rocha poderia criar uma onda de 30 metros sobre a barragem, a porção foi retirada preventivamente.

No Morro dos Cabritos, no Lago de Furnas, em Capitólio, no Sul de Minas, parte do paredão foi removido para evitar o deslocamento de grandes partes de rocha que poderiam provocar grandes ondas, ameaçando a barragem (Luciane Amaral)

No Morro dos Cabritos, no Lago de Furnas, em Capitólio, no Sul de Minas, parte do paredão foi removido para evitar o deslocamento de grandes partes de rocha que poderiam provocar grandes ondas, ameaçando a barragem (Luciane Amaral)

Marco Antônio Silva, que é empresário do ramo de transportes náuticos turistas conta que começou a operar no lago há 4 anos. Hoje é proprietário de 21 embarcações e emprega 25 marinheiros.

“Eu comecei como retireiro, tirando leite. Quatro anos depois, já tenho meu negócio. Capitólio é uma cidade boa para trabalhar e ganhar dinheiro. Aqui, até jardineiro tem casa em Escarpas”, afirma. 

Além das lanchas, Marco Antônio tem ainda hostels e um camping para receber os turistas. "O acidente prejudicou muito e nós temos a expectativa que no verão (inverno é baixa temporada) já possamos ter boa parte do movimento que recebíamos aqui. E com muito mais segurança", fala esperançoso.

Agora, no inverno, na baixa temporada, ele procura qualificar a equipe. "Fizemos cursos do Sebrae, cursos de segurança na navegação, primeiros socorros, gestão de riscos. Estamos mais bem preparados e os passeios estão muito mais seguros para os turistas", destaca o empresário.

Barraca de checagem para entrada de embarcações nos cânions no Lago de Furnas; número de embarcações é limitada a seis de cada vez (Luciane Amaral)

Barraca de checagem para entrada de embarcações nos cânions no Lago de Furnas; número de embarcações é limitada a seis de cada vez (Luciane Amaral)

Antes não havia limite de embarcações nos cânions e o uso de colete não era obrigatório para todos. Agora, depois da barraca de controle, que tem a listagem das lanchas que entram nos cânions e os nomes de todos os passageiros, o número foi limitado. "Depois do acidente, o uso de coletes e capacetes se tornou obrigatório. E, depois da barraca de controle, são 258 lanchas por dia, das 8h30 às 18h30, com uma média de 15 pessoas em cada barco", explica Marco Antônio.

E faz um alerta para quem se recusar a usar os equipamentos de proteção:"O comandante tem poder de polícia.  E pode até prender quem se recusar a usar colete a capacete. A pessoa tem de desembarcar".

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