Deputados do PMDB criticam apoio de Rodrigo Pacheco a João Leite e rechaçam aliança

Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br
04/10/2016 às 18:33.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:06
 (Divulgação)

(Divulgação)

Mal começou a corrida eleitoral para o segundo turno em Belo Horizonte e o clima já pega fogo na cidade. Desta vez, o embate é entre os próprios integrantes do PMDB. Na manhã desta terça-feira (4), Rodrigo Pacheco (PMDB), que ficou em terceiro lugar nas eleições municipais, oficializou apoio ao candidato João Leite (PSDB). Deputados estaduais peemedebistas, no entanto, rechaçam a aliança.
 
Segundo integrantes do diretório municipal, eles não foram consultados. "A judicialização do processo, pedindo a retirada do apoio é possível, mas não vemos como caminho para a harmonia”, afirma o deputado Vanderlei Miranda, que foi candidato a vice na chapa de Rodrigo Pacheco. Ele critica a forma como o anúncio foi feito. “A questão é a maneira como o processo foi conduzido. Este não é o perfil do PMDB, que sempre primou por decisões democráticas”, diz o deputado.
 
Ele destaca, ainda, que não houve quórum no diretório municipal para que a aliança pudesse ser concretizada. Embora a confirmação do apoio tenha sido feito na manhã de terça, a reunião que definiu a parceria foi feita a portas fechadas na noite de segunda. Em foto divulgada nas redes sociais, estão presentes três representantes da executiva municipal do PMDB: João Alberto, o próprio Rodrigo Pacheco e Leonardo Quintão, presidente da executiva.

Leia mais:
Rodrigo Pacheco (PMDB) fecha apoio com João Leite (PSDB) para o segundo turno em BH
João Leite pode ter quatro apoiadores e Kalil só um; esquerda deve ficar neutra
 
Os demais, segundo Vanderlei Miranda, não foram consultados. São eles: Iran Barbosa, dissidente que apoia Kalil, o próprio Vanderlei Miranda, Adalclever Lopes, Cabo Júlio, Preto do Sacolão e o secretário de Estado da Saúde, Sávio Souza Cruz. Dos nove representantes, cinco teriam que votar a favor.
 
Sávio, aliás, ignora a aliança e afirma que, por isso, não é necessário cancelar o apoio. “Não existe nada que deva ser revogado. O estatuto prevê discussões antes da tomada de decisões, e elas não foram realizadas”, afirma.
 
Questionado sobre a participação do presidente Estadual do partido e vice-governador, Antônio Andrade, na reunião, Sávio é enfático. “Pode ter sido uma decisão pessoal, não do partido. O vice-governador é presidente estadual do PMDB, não dono”, critica.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por