Mais experiente e livre das lesões, joia mineira é esperança de pódio no Mundial de Atletismo

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
Publicado em 18/06/2017 às 23:49.Atualizado em 15/11/2021 às 09:09.

Depois de ficar fora da final do salto triplo e terminar a participação na Olimpíada do Rio com um 23º lugar na classificação geral, a jovem mineira Núbia Soares vem se mostrando uma joia a ser lapidada para os Jogos de Tóquio-2020.

Natural de Lagoa da Prata, na região Central de Minas, a saltadora de apenas 21 anos foi o destaque do Troféu Brasil de Atletismo, disputado na semana passada em São Bernardo do Campo (SP). Ela atingiu a maior marca da carreira (14,56 m) e ratificou o índice para o Mundial de Atletismo de Londres, entre os dias 4 e 13 de agosto.

Agora, estou conseguindo controlar bem o lado emocional, o meu psicológico. Com isso, estou batendo meus recordes e sempre tendo resultados bons”

Foi o quarto melhor resultado do mundo neste ano, superando inclusive os 14,35 m registrados por ela mesma no Circuito Prata, disputado em abril – a marca exigida pela IAAF (Federação Internacional de Atletismo) para a participação no principal torneio do calendário internacional é 14,10 m.

De acordo com Núbia, a explicação para o bom desempenho é uma mistura de experiência e confiança. “Nos últimos dois anos, tive algumas lesões que tiraram um pouco da minha segurança. Além disso, agora também estou conseguindo controlar bem o lado emocional, o meu psicológico. Com isso, estou batendo meus recordes e sempre tendo resultados bons”, avalia.

Além do recorde pessoal, a mineira faturou ainda a medalha de bronze no salto em distância (6,33 m) e o prêmio de melhor atleta do Troféu Brasil, ao lado do carioca Thiago do Rosário André, também integrante da equipe B3 Atletismo (antiga BM&FBovespa).

Núbia Soares Troféu Brasil Atletismo

Melhor atleta do Troféu Brasil, mineira alcançou
quarta melhor marca do mundo no salto triplo

Experiência

No Mundial, Núbia Soares saltará no Estádio Rainha Elizabeth II, o mesmo dos Jogos de Londres-2012. Assim, ela espera acumular ainda mais vivência e segurança, já pensando na Olimpíada de Tóquio.

“Como já participei de Mundial (Pequim-2015), saber como tudo funciona traz uma tranquilidade relativamente maior”, diz a atleta, treinada pelo técnico Aristides Junqueira, o Tide.

Curiosamente, Núbia começou a vida de esportista em outra modalidade olímpica. “Joguei handebol dos 11 aos 15 anos, mas o time acabou e era o único de Lagoa da Prata. Só tinha o atletismo na cidade, então resolvi tentar”, conta.

Antes de ir para a equipe paulista, Núbia teve uma passagem curta pelo Centro de Treinamento (CTE) da UFMG, em 2014.

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