(Fernando Michel/ Hoje em Dia)
Uma mulher, de 35 anos, que foi esfaqueada pelo ex-namorado no dia 16 de julho, no bairro Barroca, região Oeste de Belo Horizonte, vivia situação de violência doméstica, com vários casos de agressão, mas nunca denunciou o homem. O caso foi revelado pela Polícia Civila nesta terça-feira (6).
Segundo a delegada Karine Tassara, a mulher viveu um relacionamento de 10 anos com o homem, mas se separou no ano passado. Ele não teria aceitado o fim do relacionamento e para chamar a atenção da mulher, passou a não pagar a pensão alimentícia e bloqueou a própria filha no WhatsApp.
Conforme a delegada, durante o relacionamento a mulher sofreu alguns episódios de violência, mas nunca denunciou os casos. A vítima seria uma mulher reservada, que não falava sobre essas situações, apenas com familiares mais íntimos.
Em 16 de julho, ele foi atrás dela no trabalho dela. Ao encontrar com a mulher chegando no local, o homem pediu para reatar o relacionamento, mas ela não aceitou.
Quando ela continuou caminhando, o autor sacou uma faca da blusa e começou a desferir golpes contra a vítima. Ela caiu no chão e começou a bater a cabeça dela várias vezes ao chão e a arrastou pelo asfalto.
A mulher foi encaminhada para o hospital imediatamente e ficou um tempo desacordada. Nesse momento, a PC recomendou a requisição de medidas protetivas, que foram feitas na delegacia enquanto a mulher não acordava.
O homem foi preso pela Polícia Militar em 30 de julho, em Sarzedo, após o pedido de prisão preventiva da Polícia Civil. Ele afirmou que estaria em surto no momento da agressão.
A delegada Karine Tassara reforçou a importância das mulheres denunciarem os casos de violência doméstica. “Se você está com dificuldade de identificar que está sofrendo violência doméstica, converse com uma amiga, com um parente. Identificou o ato de violência, tome uma providência, registre um Boletim de Ocorrência (BO), solicite medidas protetivas”.
Nas emergências, como os casos de flagrante, a vítima deve ligar imediatamente para o 190, telefone da PM. Em outras situações, é possível conseguir orientações de como prosseguir pelo número 180 (Disque Denúncia).
As vítimas também podem procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e a Casa da Mulher Mineira, ambas da Polícia Civil.
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