Suspeito é indiciado por manter esposa e filha de 2 anos em cárcere privado na Grande BH
De acordo com a Polícia Civil, as duas ficaram presas em um quarto e utilizavam baldes para fazer necessidades fisiológicas
Está preso o homem de 63 anos suspeito de manter a esposa, de 35 anos, e a filha de 2 em cárcere privado por cerca de um mês em Vespasiano, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ex-mulher do suspeito e as duas filhas dele, de 22 e 25 anos, que moravam na casa, também vão responder pelo crime. O procedimento de indiciamento dos suspeitos foi concluído na última quinta-feira (14), e informado nesta terça-feira (19) pela polícia.
O homem informou à polícia que mantinha as duas presas para evitar que a mulher fugisse com a criança. Contou que a mulher fazia uso excessivo de álcool e que, caso ficasse solta, poderia deixar a filha sozinha em casa e sair para beber.
Segundo a delegada titular da Delegacia de Mulheres e Crimes Sexuais de Vespasiano, Nicole Perim, houve denúncia de que as vítimas estariam sendo mantidas em cárcere privado. No dia 6 deste mês, policiais estiveram no local e as encontraram trancadas em um quarto com forte odor de fezes e urina - elas usavam um balde para fazer as necessidades fisiológicas. No cômodo havia uma cama de solteiro, geladeira e fogão.
De acordo com a Polícia Civil, o quarto ficava em uma casa onde moravam a ex-mulher e as filhas do suspeito. Elas informaram que não sabiam dos crimes, o que foi desmentido pelo suspeito e pela esposa.
“É uma casa muito pequena com menos de 80 metros quadrados, com dois quartos e um banheiro. Os quartos eram um de frente para o outro, então era impossível alguém não perceber que uma criança de 2 anos estava sendo mantida presa ali há cerca de um mês”, detalhou a titular da delegacia.
A PC informou que o homem fazia uso excessivo de álcool, e que quando ele chegava bêbado, ocorriam episódios de violência contra as vítimas. O suspeito também ameaçava cortar o pescoço da vítima caso ela saísse.
As vítimas estão em segurança na casa de um familiar, a mulher pediu uma medida protetiva contra o suspeito.
O suspeito foi indiciado por cárcere privado triplamente qualificado, violência psicológica, ameaça, e também pela contravenção penal de vias de fato, já que ele teve episódio de violência contra a vítima. Já as outras três mulheres, foram indiciadas por cárcere privado duplamente qualificado na condição de participantes do crime.
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