UBERLÂNDIA E ARAGUARI - Elevado a Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o modo de fazer o Queijo Minas Artesanal é uma tradição de mais de 300 anos no Estado, passado de geração em geração. Mas o que é o esse jetinho mineiro que agora será referência global?
Em Minas, as técnicas foram desenvolvidas ao longo dos séculos. As origens vem dos pequenos produtores rurais, com características únicas dos territórios de produção e saberes acumulados pelas comunidades.
Walkiria Naves, proprietária da Queijaria Ouro das Gerais, em Uberlândia, no Triângulo, explica que o queijo é feito à base de quatro ingredientes: leite cru, coalho, sal e pingo - soro que escorre do queijo após ficar na forma um dia antes de seguir para a maturação. No Triângulo, o tempo mínimo de maturação do queijo é de 22 dias - o que varia conforme as rotas mineiras.
Thiago Borges é um dos queijeiros da Ouro das Gerais, na Fazenda Aprazível. A família fabrica cerca de 50 peças por dia, o que representa 600 kg por mês. As maiores demandas são para os estados de São Paulo e Paraná.
Segundo Borges, boas práticas de fabricação são seguidas desde o cuidado com a saúde do rebanho até o processo de produção do queijo.
Conforme Patrícia Freitas, extensionista de bem-estar social da Emater-MG, o prazo mínimo 22 dias é estipulado pela legislação local. Porém, segundo ela, um novo estudo para avaliar a redução do tempo mínimo de maturação está sendo planejado.
* Viajou a convite do Governo de Minas
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